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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

FALANDO DE SAÚDE: “A hipertensão está relacionada à redução da ESPERANÇA DE VIDA!”


A hipertensão, ou pressão alta como é mais conhecida, é uma doença cardiovascular crônica que acaba exigindo do coração um esforço maior do que o necessário para fazer circular o sangue através dos vasos sanguíneos. Ela é também um dos principais fatores de risco para a ocorrência do acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, aneurisma arterial, insuficiência renal crônica e insuficiência cardíaca. Os índices elevados da pressão arterial estão associados diretamente à redução da esperança de vida. 

Os números são alarmantes. De acordo com estudos da Sociedade Brasileira de Cardiologia, estima-se que em 2020, de cada 100 pessoas 55 venham a morrer de problemas cardíacos e pressão elevada. Atualmente, 48.1 % dos brasileiros que sabem ter pressão elevada não se tratam. “No Vale do São Francisco essa realidade não é diferente”, garante o cardiologista da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina, Dr. Alysson Cavalcanti. Segundo o médico, a maior parte dos usuários que chegam à UPAE são encaminhados pelo posto de saúde devido às complicações oriundas da falta de controle da hipertensão. “Aqui no ambulatório a gente faz a investigação para poder indicar o tratamento correto. Com isso, nós podemos evitar desfechos desfavoráveis”, garante.

Em 80% dos casos a hipertensão é hereditária. Em uma minoria, ela é secundária. “Ou seja, decorrente de outras causas, como distúrbios da tireoide ou em glândulas endocrinológicas, como a suprarrenal. Entretanto, há outros fatores que influenciam, como consumo excessivo de sódio, sedentarismo, obesidade, fumo, estresse e níveis altos de colesterol. Para se ter uma ideia, o brasileiro consome em média 12g de sódio por dia, quando o recomendando é apenas 5g”, destaca. Os sintomas costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito, podendo ocorrer dores no peito, cabeça, costas e nuca; tonturas; palpitação; falta de ar e até desmaio. “Quando isso ocorre o paciente procura a emergência para tratar a crise. Mas, o ideal é que não chegue a esse ponto. No ambulatório é possível fazer a prevenção ou tratamento”, afirma o cardiologista.
A UPAE, por exemplo, possui um aparato médico e de exames que permitem um diagnóstico preciso. “Na UPAE o paciente está muito bem servido. Ele já entra na consulta com o eletrocardiograma em mãos, e exames complementares como ecocardiograma, holter, mapa e teste ergométrico também são feitos na Unidade. Dessa maneira, conseguimos avaliar o paciente adequadamente”, acredita Dr. Alysson. “Também temos um cuidado especial com aqueles já infartados ou sequelados de AVC, por exemplo, pois são pacientes de alto risco. Nesses casos, já entramos com a medicação para prevenção secundária, visando evitar outra complicação e encaminhamos esse paciente para fisioterapia para uma reabilitação, para o psicólogo, pois alguns ficam incapacitados para o trabalho, para o nutricionista e demais profissionais que forem necessários. Trabalhamos com uma equipe multidisciplinar e buscamos promover a saúde global do indivíduo”, acrescenta.
Mitos e verdades
O cardiologista também aproveita para quebrar alguns mitos e confirmar outros. “O calor não é um fator de risco para o infarto. Isso é mito. Por outro lado, o frio pode agravar um quadro de angina e as pessoas hipertensas e cardiopatas devem procurar redobrar os cuidados, inclusive se agasalhando bem. O que acontece é que no período de calor as pessoas tendem a ingerir mais bebida alcoólica, podendo resultar num distúrbio eletrolítico causado pela desidratação. Outros abusam das atividades físicas e isso pode ter consequências negativas”, revela.
O infarto agudo do miocárdio é sim mais grave em pessoas jovens e essa verdade tem explicação: “Geralmente, a lesão aterosclerótica que obstrui as artérias do idoso demora a se formar. Com isso, o organismo sabiamente desenvolve circulações colaterais. Então, quando esse paciente infarta e fecha uma artéria o sangue encontra essa circulação secundária para suprir a região do coração que foi afetada. Já o paciente jovem não tem esse recurso. Quando uma artéria de grande importância se fecha, o sangue não tem mais por onde circular”.  Ainda de acordo com o especialista, a maior causa de infarto entre jovens está relacionada ao abuso de drogas. “Existem alguns casos raros de anomalia coronariana, mas no geral, se o paciente tem entre 20 e 30 anos e dá entrada na urgência com sintomas de infarto nós investigamos o uso de drogas”, relata.

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