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sábado, 3 de março de 2018

Dá para rodar 1 milhão de quilômetros com seu carro?

Dá para rodar 1 milhão de quilômetros com seu carro?

Recentemente surgiu uma notícia no mínimo curiosa de um norte-americano que rodou nada menos que 1.600.000 quilômetros com um Toyota Tundra 2007. Para ser sincero, acho muita quilometragem para pouco tempo de uso, mas resolvi pegar o gancho para discutir o tema longevidade do motor.

Alcançar um milhão de quilômetros no odômetro não é impossível, mas também não é uma tarefa fácil. Será preciso fazer as manutenções como se estivesse cuidando de uma aeronave e isto, com certeza, custará um bom dinheiro.

Segundo noticiado, o esquema de manutenção da picape foi rígido. É como o utilizado em aviões monomotores e bimotores e, pasmem, existem aviões em que o custo de manutenção, quando transformado de horas para quilômetros percorridos, é mais barato do que a manutenção de muitos carros de luxo. Mas este é um assunto que vou abordar outro dia...

Picape Toyota Tundra com mais de 1 milhão de milhas rodadas, equivalente a 1,6 milhão de quilômetros

Depende de você

É verdade que alguns carros são melhores. Com o tempo, as pessoas vão identificando quais modelos aguentam mais desaforos do que outros, mas posso garantir que a vida útil dos motores atuais depende muito mais dos cuidados dos motoristas do que do fabricante, das estradas ou do governo.

Dentro do motor, a movimentação é muito intensa e pequenos cuidados são decisivos para sua vida útil. A cada rotação de um motor 4 cilindros, por exemplo, os pistões se deslocam duas vezes, uma para cima e outra para baixo. Exemplificando, se o motor gira na marcha lenta, com 1.000 rotações por minuto (rpm), cada pistão se deslocará 2.000 vezes dentro do mesmo minuto.

Pistões de movimentam duas vezes a cada rotação

Se você fizer uma viagem de duas horas a uma velocidade média de 100 km/h (2.000 rpm), os pistões do seu carro se deslocarão 480.000 vezes. Toda esta movimentação exige superfícies bem lisas, lubrificadas, com folgas específicas e temperatura controlada.

Penso que acompanhar as revisões estabelecidas pelo fabricante já será um grande avanço, pois a maioria dos motoristas enxerga apenas a economia de curto prazo. Mas, se quiser se esforçar mais, converse com sua consciência e veja se você faz sua parte para buscar 1 milhão de quilômetros:

1) Trocar o óleo religiosamente na data ou na quilometragem estabelecida pelo manual

Não subestime as consequências de postergar a troca. Imagine fazer uma viagem de duas horas sabendo que os pistões do seu carro vão se deslocar 480.000 vezes com o óleo vencido? Ruim, não? Não existe coisa pior para seu motor do que esquecer a troca de óleo.

2) Nada de aditivos no óleo

A especificação do óleo deve ser obedecida. Quando o fabricante especifica um determinado óleo para o motor que ele produz, já prevê todos os aditivos necessários. Misturar duas substâncias químicas a alta temperatura e pressão pode resultar em outro produto. Reduzir os prazos de troca é melhor do que colocar aditivos.

3) Vazamentos de óleo devem ser reparados prontamente

Não tem nada pior do que ficar completando óleo. Se você mistura óleo velho com óleo novo e acaba postergando as trocas, seu motor trabalha sempre com o óleo “batizado”, às vezes até com especificações diferentes. Isto é péssimo.

4) Cuidado com combustíveis baratos

As famosas adulterações com solventes e outros produtos químicos podem contaminar o óleo do motor e transformá-lo em uma graxa ”assassina”.

Quando motor de um carro começa a falhar, por exemplo em virtude de uma vela cansada, o combustível que não é queimado acaba escorrendo para o cárter (reservatório de óleo) e contaminado o óleo. Se o combustível for gasolina, pode ter a certeza de que seu óleo vai perder boa parte de suas propriedades lubrificantes.

5) Manter a temperatura ideal de funcionamento do motor

O motor não deve trabalhar frio e nem superaquecido. As duas situações extremas são prejudiciais porque alteram as folgas entre as peças. Ficar de olho em possíveis vazamentos de água, no funcionamento da válvula termostática e identificar mangueiras inchadas e ressecadas é o caminho. Acompanhe o comportamento do ponteiro de temperatura e desconfie de movimentações diferentes dos habituais.

6) Troca das correias

As correias são muito baratas em relação aos estragos que a quebra delas pode causar. A cada 3 anos ou 50.000 km, substitua todas.

7) Nada de dirigir agressivamente

Dar trancos nas saídas e fazer retomadas agressivas só prejudicam seu patrimônio. Não esqueça: excesso de carga e reboques, bem como regimes intensos de uso exigirão manutenções mais frequentes.

E, se você conhece alguém que não faz ideia do que acontece em baixo do capo do próprio carro, chegou o momento de ajudá-lo. Até a próxima.

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